domingo, 30 de maio de 2010

Prosseguir.

Já era pra eu ter ido dormir,
Mas achei aquela sua foto de souvenir
Que tirei no telhado antes de ir
Pro paraíso onde ainda conseguíamos sorrir
Por horas e horas a seguir,
Sentindo suor e amor a fluir
Sem os atritos e gotas salgadas que estariam por vir
E, que mais tarde, me fariam desistir
Daquilo que tanto há tempo eu não conseguia sentir.
A tristeza, veja só, não veio mais me consumir
Só ainda não entendi o por quê de resistir
Ao meu vento de calmaria que começava a zunir.
Tomara, meu Deus, que um dia eu venha a descobrir...
Bom, amigo, obrigada por me ouvir,
Fique tranquilo que eu não vou mais sumir.
Vou ali me deitar para enfim o ritmo reduzir.
Apague essa luz e vamos dormir.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vontades.

Estou com vontade de algo.
- De comer?
Não, de viver.

(ela e eu)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Está feito.

Queria muito que minhas frases de efeito pudessem causar em você o que eu fico a imaginar.
E queria muito que seus defeitos não tivessem existido a ponto de eu te deixar.
Queria também esquecer, enquanto me enfeito, de como era branco e largo seu riso ao me elogiar.
Mas queria mesmo era apagar a lembrança dos seus trejeitos na cama ao me amar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Crise?

A sabedoria popular no meio de suas máximas vindas de anos de reflexões de pessoas sobre experiências semelhantes, principalmente sobre os sentimentos presentes nos relacionamentos - amor, raiva, tristeza, solidão - diz que as crises vêm para dar o 'up grade', a mudança de temporada, a passagem de nível. Enfim, o crescimento pessoal diante dessas situações chatas, desgastantes, conflituosas e questionadoras. Isso, questionar... a crise faz questionar, ou pelo menos TEM QUE fazer questionar.
Como acredito (na outra máxima) no 'nada é por acaso' e também ando em MIL crises, penso que realmente ando precisando (me) questionar. Vai ver são avisos da vida me gritando pra acordar, questionar mais, reinventar valores e conceitos, experimentar, descobrir e viver mais.
Quero muito e quero já!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Auto-traição.

É, andei me traindo muito este mês.
Não fiz nada do que me propus a fazer e fiz tudo o que jurei não mais fazer. Compulsões, insistências, reincidências, recaídas e etc.
Minha desorganização e eu somos quase que incontroláveis, mas vou me colocar na linha de maneira severa. Me amo muito e só consigo demonstrar esse amor por mim quando eu sei que estou fazendo o melhor por mim e, dessa forma eu volto a ser o centro da minha vida e não mais algo ou outrem.
O primeiro passo é aceitar e perdoar essa traição e isso eu já fiz. Agora é seguir em frente e fazer tudo diferente.
Olívia, te amo e acredito muito em vc. Vc é quem eu mais amo nesse mundo inteirinho.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dias cinza.

Cinza de cor, não de sentimento.
Na verdade, aquilo tudo tá guardadinho sem a fonte plugada na tomada e a tendência é a bateria acabar a qualquer momento.
E as metáforas sempre me dão prazer, porque é uma maneira de se expressar que qualquer criança entende.
E minha mente anda tão levinha, quase como um barquinho que vai na tardinha que cai.

domingo, 9 de maio de 2010

feliz dia, mãe.

Dia dela hoje, mas tudo anda tão incrívelmente inflamável aqui que nem vou me estender muito.
Comprei um presente de 100 reais, que jurei ser a cara dela, e ela não gostou.
Meu quarto está bagunçado há 19 anos (amanhã 20) e ela chorou de irritação por causa disso (e eu ri porque a desorganização rompe as barreiras do meu quarto e adentra na minha bolsa, carro, vida sentimental e etc).

Conclusões:
1- Te amo, mãe.
2- O inferno astral está rindo vorazmente da minha cara.

sábado, 8 de maio de 2010

Saudade.

A Clarice já disse uma vez que saudade é o sentimento mais urgente que existe, e é verdade.

A saudade sempre esteve muito presente em mim, principalmente a saudade do meu pai que sempre esteve longe. Hoje, o vazio que ela cavou é facilmente preenchido com algo ou alguém. Comida, álcool, livros, amigos, compras, amores, pseudo amores e etc. Ele sempre é disfarçado, fica quietinho, na dele. Ocasionalmente em algumas noites ele faz questão de me saudar, faz questão de me lembrar que ele existe ali e que nada nem ninguém consegue tapá-lo.
O pior é que eu sempre arranjo alguém pra colocar dentro dele e enquanto (e quando) dura,dá bem certo. Quando acaba é uma quase morte, uma dor insuportável, desespero e escuro que perduram por alguns dias até que se desfaz.
Minhas palavras e linhas estão um pouco alcoólicas hoje, mas tudo isso é pra dizer que sinto saudade desde sempre e gostaria que fosse recíproco e urgente, como ela é.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aconteceu.

O nó é grande, mas é seco. Não é daqueles nós molhados e salgados, como costumam ser.
Talvez a maré seja tão grande que não sabe como sair ou talvez o orifício seja muito estreitinho para a imensidão de água contida, não sei.
Vamos aguardar pra ver se a seca persiste ou se o meu sertão vai virar mar.

sábado, 1 de maio de 2010

Mapa do meu nada.

Às 23h49 desse sábado - em casa -, a Cássia provoca pra voar.
Voar pro alto e pra longe. Não tão longe.
Quero aumentar e qualificar a lista dos meus 'meus', aproveitando esse período (de mente) fértil. Escrever e criar são atos extremamente oscilantes, inconstantes. Parabéns (ou não) pra quem mecaniza isso, mas ainda sigo a temperatura do meu sangue. Hoje, temperatura amena.
Os vinte estão a 8 dias de mim. Início da segunda década, do 1/5 de século e de novos ventos. Podem vir que eu não tenho mais medo. Caio e levanto rápido, vocês sabem. Aliás, começo e desisto, falo e esqueço, faço e desfaço, gasto e fico sem, consigo e perde a graça, sinto saudade e esqueço, explodo e durmo, amo e odeio, dou risada e choro, vivo e quero desistir assim também, da mesma forma.
Pessoas volúveis e que esquecem rápido irritam muito (os outros), mas vivem tão mais verdadeiramente. Sempre parece que é a primeira vez de tudo, mas meu mecanismo falho é programado para não repitir algo que deu errado, mesmo que eu não o lembre.
É sério, podem vir que estou quase afinada. Vocês me moldam, ajustam, lapidam e ensinam cada vez melhor à medida que passam por mim.