Daí ela, que jurou nunca mais sofrer por ninguém, está aqui cheia de tinta preta nos cabelos e com um aperto deeeste tamanho dentro do peito. Bom, no fundo ela sabe: a culpa é dela. Eu avisei que não seria uma boa. Mas ela, sempre romântica, embarcou numa aventura nova já ciente que seria a outra. Ele avisou, ela aceitou. Daí, essa aventura saiu dos trilhos, ambos se apegaram e passavam horas do dia um na mente do outro. Ele se promoveu de 'um' para 'o' e ela permaneceu (e permanece) na condição de outra. Agora ela está assim toda sem-gracinha, cheia de tinta preta nos cabelos, sem fome, distante de tudo e imaginando cada ação que seu querido deve estar fazendo com a 'uma' lá naquela cidade quente e sem graça.
E eu? Ah, eu tento ajudar, mas ela nunca me ouve.
sábado, 25 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Mapa da mina
Sertralina
Cocaína
Ritalina
Janaína
Vaselina
Tubaína
Nicotina
Tanto faz
Menina
Cada
Um
Com
Sua
Sina
Cocaína
Ritalina
Janaína
Vaselina
Tubaína
Nicotina
Tanto faz
Menina
Cada
Um
Com
Sua
Sina
Colchão d'água
Noite passada choveu lá fora
Mas minha cama é que molhou
Você dizer que me quer agora
Me deu febre, morri de calor
Mas minha cama é que molhou
Você dizer que me quer agora
Me deu febre, morri de calor
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Pode chover
O barulho da chuva me encanta
Dormir com esse barulho
Amar com esse barulho
A chuva parece que canta
Sopra meus ouvidos
Lava meus cabelos
Em casa a chuva me tranca
Dormir com esse barulho
Amar com esse barulho
A chuva parece que canta
Sopra meus ouvidos
Lava meus cabelos
Em casa a chuva me tranca
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Ao prepotente
Oh querido, desista, você não é meu Rodin
Aquela ausência sua me deixou muito, muito mais sã
O amor saiu do meu peito direto pr'um papel
Assim como o esculpiu em pedra a Camille Claudel
Aquela ausência sua me deixou muito, muito mais sã
O amor saiu do meu peito direto pr'um papel
Assim como o esculpiu em pedra a Camille Claudel
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