sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pensamentos indigestos- parte 1.

Vivemos defendendo e pregando tantos ideais numa busca incessante por um sentido na vida que, na mais ridícula verdade, não existe?
Vida eterna, destino, paraíso e rencarnação são falsas premiações para me motivar a ir até o final?
É...
Os únicos problemas em não conformar-se com tudo que é dito e em querer saber os por quês das coisas que o mundo jogou no seu colo são: você é chato, quase sempre fica sem respostas satisfatórias e ainda vive numa loucura iminente.
Mas repetindo, os únicos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bicho solto.

Esses dias eu ando meio bicho solto.
Misturado com vento forte e mar revolto
Não quero saber de nada nem de ninguém,
Principalmente de ninguém.
Meu aviso de tolerância baixa anda piscando no painel
E pra evitar conflitos, solto tudo nas linhas do papel.
Os habitantes do meu redor andam mesquinhos e fracos,
Empenhados em tentar maquiar os conteúdos de seus frascos.
Não sei porque andam me incomodando essas fraquezas...
Talvez porque elas me gritem que ninguém é só certeza.
Que é muita pretensão minha querer dissolver
Esses grumos que levou anos para se fazer.
Logo esse desconforto com tudo passa e eu me reacostumo
Mas enquanto isso, eu me ajeito bem aqui e durmo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Animal 1 x Homem 0

A inteligência irracional de um animal é capaz de afastá-lo de algo que já lhe causou algum tipo de mal, como uma planta venenosa, um objeto pontudo ou uma pessoa agressiva.
Os seres humanos, muito mais evoluídos e possuidores da tal da racionalidade, não conseguem essa façanha do melhor amigo cachorro (gato, macaco, papagaio...) e irritante, constante e frequentemente insistem em permanecer em teias (com licença, dona aranha, isto é apenas uma metáfora para relacionamentos interpessoais nocivos que aproveita da característica da sua arte em seda, a de grudar e envolver outros seres vivos para seu deleite futuro), que os impedem de seguir a vida sem amarras, sem apegos.
O animal, restrito a sua inteligência limitada e instintiva, é livre do tal apego, baixa auto-estima, carência, insegurança, medo de ficar só (além de religiões, moral constuída/constituinte, acúmulo enlouquecido de bens e capitais, preconceito com o diferente, da média para socializar e etc), sentimentos e valores adquiridos com nossa racionalidade e vivência num ambiente construído e modificado há alguns milhões de anos.
Deve ser por isso que ultimanente ando preferindo a companhia dos meus bichos que, além de tudo citado acima, não falam na minha cabeça.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sol.

Embora queime, me enche de vida.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cansei de vertical, quero horizontal.

O que faço com a fita que já foi nosso laço,
Se já esqueci seu gosto e as feições do seu rosto?
Com a mesma velocidade que te amei, agora eu te matei...
Não deito mais no seu leito e você não habita mais o meu peito.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Catarse.

Ahhh, a catarse!
Não existe coisa melhor do que a limpeza e a purificação daquilo que nos causa algum tipo de mal. Uma doença, um vício, uma pessoa, um trabalho ou o que for... livrar-se de algo que te sugue de alguma coisa.
Demorou o de praxe, mas minha catarse chegou.
Enfim, bem!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Whatever works.

Há tempos um filme não mexia tanto comigo. Os hormônios abalados podem ter amplificado um pouco as coisas, claro, mas o Woody Allen atingiu uma coisa aqui dentro que há tempos precisava ser atingida e mais, atingiu uma ferida que eu adoro arrancar a casquinha para ve-la sangrar: a caretice e sua rigidez.
Poucas coisas me dão tanto prazer quanto desconstruir valores alheios babacas, padrões pré-estabelecidos e tudo o que me é imposto de alguma forma.
Dá nojo ver meus semelhantes reprimidos religiosa, político, moral e sexualmente em nome de uma decência e de um padrão de equilíbrio completamente defasado e excludente.

sábado, 5 de junho de 2010

Surpresas.

Até que num dia de angústia, coisa recorrente,
Ela vem ligeira descendo aqueles degraus toda faceira
Leve, linda, com toda aquela coisa que ela tem de diferente
Ficou feliz ao me ver e, sem querer, coloriu minha sexta feira.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eis a questão.

Pior do que não saber se 'ser ou não ser' é não saber o que você quer ser.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Divórcio.

Quero o divórcio de mim mesma. Litigioso, mas eficaz.
Já que eu não me encontro, é melhor me separar de uma vez.
Me livrar desses medos, dúvidas, angústias e mais,
Sair dessa lama mental que habito há mais de mês.
Cansei de querer ser tudo e não ser nada demais,
Rindo alto para disfarçar o desespero, o xadrez.
Olívia, ser você significa não ter paz.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ao diferente.

Estamos juntos há muito tempo e você sabe como é
O banal e o normal nunca me fizeram bem.
Desde pequena indo sempre contra a maré
Aprendi a ser autêntica e gostar do que me convém.

É claro que isso tem um preço
Já que a grande maioria prefere gostar do perfeito
Mas nunca disfarcei o tamanho do meu apreço
Por tudo que é torto e cheio de defeito.

(...)