segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Eu te amo tanto, mas tanto, mas tanto, que aprendi a te amar devagarinho, de canto de olho, de luz de penumbra. Meu amor é maior que eu, que você, que sua esposa e que a sua família feliz. Meu amor é na dele, é paciente, é bem treinado e te deixa livre. Livre pra você ir e voltar quando quiser, se quiser. Meu amor não é submisso, assim como eu não sou. Não te espero pra amar outros e outras, pra me enroscar em outros corpos, pra fazer café da manhã depois de noites suadas, pra cair em devaneios alheios. Mas, não pense que eu não vá largar tudo e acampar no aeroporto desde já se você me disser que chegará em breve, porque eu vou. Meu peito dá um salto só de pensar nessa possibilidade e você sabe que é bem vindo quando você quiser e pra ficar quanto tempo sentir necessidade. Claro que se você ficasse pra sempre eu não ia achar nada mal, nem um pouquinho, mas só vou achar bom o que você achar. Meu amor não existe pra te prender, só pra te aquecer.

domingo, 10 de junho de 2012

Ao Amor, com carinho.

Tenho tanto a dizer pra você, Amor, que não consigo selecionar um começo. Creio que antes de tudo, eu devo lhe pedir as mais sinceras desculpas. Sou muito intensa e, sempre com pressa, acabei te confundindo com sentimentos bem menos nobres nutridos em algumas camas por aí.. Olhando agora, vejo que eram tentativas desesperadas de tapar o buraco da sua falta. Vivi um rio de sofrimento, mas as minhas águas, que nunca deram de ser calmas, me correrão até você de novo.
Por mais que turve os olhos, enlace a garganta e tire o sono, não há como rasgar a consicência de outra pessoa. Não temos esse direito. Ver alguém errar e não poder fazer nada além de assistir, ou rezar, ou qualquer outro verbo que resulte em espera com uma pitadinha, talvez, de otimismo. Tudo bem, mas otimismo pra que? Pra tudo dar errado pra alguém e dar certo pra você? Otimismo pra que isso tudo deite logo na conveniência dos nos nossos esquecimentos? Aliás, quem foi que disse que o outro está errando? Desde quando amar a louca e casar com a outra é errado?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

E se...

Troquei o 'a gente' por 'você' na frase 'e se VOCÊ tivesse feito tudo diferente?' porque julgo que fiz tudo o que eu podia ter feito. Então vamos lá:
E SE VOCÊ TIVESSE FEITO TUDO DIFERENTE? E se você tivesse tido coragem de sair do trilhos e vir em minha direção? E se você aceitasse e assumisse o fato da vida não respeitar datas e compromissos formais e, sem mais nem menos, nos surpreender com um novo amor? E se você tivesse assumido o fato de EU ser a mulher da sua vida? E se você percebesse que no fundo dessa pose toda de forte e durona tá escondido o maior amor do mundo? E se você não fosse esse certinho-quase-banana vestido de rebelde?
Talvez pudessemos (agora à 01h13 da madrugada) estar dormindo agarrados depois de algumas horas de exercícios na cama, na cozinha, no banheiro... Ou pudessemos, talvez, estar escrevendo nossos personagens juntos, bolando idéias mirabolantes e enredos bem absurdos. Talvez, ainda, estivéssemos conversando muito sobre todos os assuntos do mundo, como costumávamos fazer. Ou, enfim, fazendo um macarrão cheio de queijo e bacon e gorduras trans.
Não sei.
A única coisa que sei é que, com certeza, eu não estaria com esse sabor de segundo lugar na boca, da medalha de prata, do quase. Nem estaria bebendo tanto quase todos os dias, despindo alguns corpos por aí nessa minha pose vazia de mulher fatal, bem resolvida, de fuck friend, que finge não estar nem aí pro seu casamento, pro seu álbum lindo de fotos e pro seu sorriso lindo em todas elas. Você e suas atuais conversas comigo ao estilinho elevador ou ao de colegas de repartição me dóem tanto que eu preferia não tê-las. Não funcionamos como coleguinhas, desculpe. Não dá pra trocar oistudobemnovidades com alguém que trocou emoções tão intensas com a gente no passado, já está na hora de você saber.
Eu sinto uma falta sua parecida com a perda de um pedaço. Aliás, eu perdi um pedaço aquele dia e você sabe, pois eu falei.
Você casou com a outra, mas amou a louca que eu sei. Daqui a alguns anos eu vou ler todos os seus livros e me achar em todas as personagens, tenho certeza, pelo menos nas mais legais e inusitadas. Espero sinceramente que os desfechos nas suas histórias sejam mais interessantes que o nosso: você feliz para sempre com sua princesa na sua vida de comercial de margarina e eu digna de destaque de protagonista nas tramas sujas de Charles Bukowski.

domingo, 28 de agosto de 2011

Seita impossível

Agora que matou deus, ela quer criar uma seita. A seita dos que tem asas e não aprenderam a voar (ela acha que já sabe muito por ter voado a caído tantas vezes). Vai pregar o amor livre, a fidelidade aos sentimentos internos e a coragem pra ser feliz. Ela acredita que viver apenas pra cumprir os papéis sociais dá doença na alma das pessoas.

É, estou olhando ao redor aqui e, pensando bem, acho que esse mundo ainda não é pra ela.

domingo, 31 de julho de 2011

O talvez não é sim e nem não

Talvez você surgiu pra explicar
Ou o contrário, pra confundir
Duas mentes conformadas de estar
Mansas, sem intenção de fugir

Talvez eu vim atender a um pedido
Inconsciente, são sei direito
Todas aquelas diferenças de sentido
Suas e de quem dorme no seu peito

Talvez eu seja um teste, uma provação
Talvez seja seu amor, sua menina
Ou não, só uma peste, tentação

Talvez isso esteja escrito pra ser
Talvez fantasias, poesias e rimas
Ou não, momentos pra gente viver

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Versinho do crescimento

E eu repito: meu amor
Se levante, vai à luta
Que crescer é indolor
É lapidar sua conduta