quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante.

Quando saio da zona da inércia, tudo se aquece e a produção rende muitos bons frutos. Gosto disso, dessa sensação de mente cheia e ventilada. Produzindo, vejo que muita coisa que me consumia não passam de meros caprichos, implicâncias e suas semelhanças.
Claro que muita coisa realmente faz sentido, mas a partir de hoje mudarei minha postura diante de tudo. Vou visar minha paz. Ela e somente ela.
Peguei a estrada para um novo horizonte, mais ameno e colorido.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dorme que passa.

Dormir para digerir o oco.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Linha tênue.

Posso sentir ela bem perto. Fazia tempo que ela não vinha me visitar.
Geralmente vem a noite, quanto tudo está quieto, escuro. Quando meus pensamentos estão mais girtantes e minha realidade mais visceral.
Puta egoísta! Que realidade visceral se tenho tudo? Basta eu pedir e aquilo logo está na minha mão. Tenho amor, dedicação, atenção, dinheiro, carro e fico falando de realidade visceral? Pára.
Sofro de insatisfação crônica porque tenho tudo e não dou valor a nada. Não pago aluguel, não preciso me preocupar em pagar a prestação da máquina de lavar, não trabalho, durmo todo dia a tarde, não lavo louça, não limpo a casa e não sei fazer uma panela de arroz.
Que grande merda.
E meus vinte anos estão aí chegando e gritando na minha cara. Gritam que eu não sou nada, que não faço diferença em nada do que gostaria. Gritam que minha carência me torna desagradável e que afasto as pessoas que quero perto. Gritam que estudo numa faculdade elitista, que gasto mil reais mensais e que nem sei o que é essa quantia de dinheiro porque nem trabalhar eu trabalho. Gritam que minha vida é uma chatice, que nesses 20 anos eu vivi as experiências mais malucas e surreais, todas forradas de muitas mentiras e ilusões. Gritam que eu sou um personagem, um personagem que funciona bem. Cara e postura de forte, mas que tão frágil quanto uma flor dente de leão. Uma rajada de vento leva tudo embora. Gritam que ninguém me conhece, que isso que sou é uma defesa, um medo do real.
Sempre no conflito. Realidade externa X interna, razão X emoção.
É sempre assim quando a realidade me visita. Ela sempre traz a loucura.
E essa me seduz, me encanta, me faz sentir livre. Traz os pensamentos densos, as vontades mais absurdas e um desespero tamanho. Na verdade, traz uma vontade súbita de querer sair, correr, cair. Por isso o desespero e as gotas salgadas que saem de mim. Traz a tristeza e toda a sua complexidade. Pra que ser feliz no estilo do barquinho que vai e da tardinha que cai? Simples, porque essa minha intensidade não suporta isso.

Habito sempre a linha tênue entre ela e a sanidade.

domingo, 25 de abril de 2010

Toalha jogada.

O dissabor veio forte, veio de machucar
E do seu lado veio o cinza indiferente
Se a cor do (auto)amor não colore sua mente
Recuo para me preservar.

sábado, 24 de abril de 2010

O ser volúvel.

Um problema de ser volúvel, maluca e ter um blog é que meu sentimento transformado em linhas das 3h da tarde se tornam completamente diferentes dos da meia noite! E o outro é tentar explicar que nada escrito aqui é necessáriamente dirigido a alguém. Mas isso eu não vou explicar, o que tiver que ser dito pra quem quer que seja, será dito de forma clara e direta.

"A atmosfera pesada dissipou no momento em que ela enxergou que não possuía nada nem ninguém e que o fundamental era aproveitar a aprender com tudo o que a vida a presenteva...
Pra que ter pressa se o que vale é o coração?"

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A porta está aberta.

Se quiser sair, saia agora.
Leve sua cor, sua calmaria, sua brisa fresca e metade do meu amor.
Deixe a outra metade aqui com minha paz. Vai e não demora.
Não precisa olhar pra trás. Me deixe aqui que eu me viro com a dor.

Se quiser ficar, eu prefiro.
Deita aqui com o coração aberto e vazio de medo.
Jogue tudo lá fora, junto com os problemas que não nos pertence.
Tudo o que quero é ser seu aconchego.

Fecha essa porta...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mudar o tom.

Não consigo mudar o tom.

Depois que eu pego fogo, não adianta tentar me apagar. Muito menos tentar me 'amornar'.
Gosto e gosto muito. Quero e quero muito. Amo e amo muito.
Não gosto de metades, média 5,0, rapidinhas, carne ao ponto, leite frio, bolacha murcha e etc.
Quero tudo ou nada. Quero você inteiro, ou não quero mais. Não quero pedaços servidos às vezes, as migalhinhas depois do café da tarde.

Mas não pense que quero o estrago, o excesso, o erro de mão. Não.

Interessa-me o necessário, o meu necessário. Caso contrário fica faltando, meu vazio não se preenche de colorido, a maldita saudade fica rondando, minha carne não se sente viva.

Dizem que pra ser feliz com alguém, há de se aprender a ser feliz sozinho primeiro.
Pois bem, ser feliz e ter alguém, para mim, é inversamente proporcional.

Ser intensa me consome muito.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Criei coragem.

Finalmente resolvi transformar meus sentimentos confusos e intensos em linhas deste blog que vos escrevo.