quarta-feira, 28 de julho de 2010

Auto-preservação em terceira pessoa.

Ela, que jurou que tudo seria diferente, mais uma vez sentiu o abraço da indiferença. Sua pele branca ficou à margem de sua flor, mas o oceano em conta-gotas já não escorria mais pelo seu rosto em direção ao seu decote.
Cansou-se, enfim, e está pegando de volta todo o amor que, sem sucesso, tentou pregar na carne do peito amargo de seu amor. Agora vai juntá-lo com as migalhas de afeto dele, diluído na seiva toda que ele a encheu durante esse tempo todo, enquanto ela se iludia envolta no vapor barato que se formava na janela.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não para você.

Menino verde, fique onde está.
Estás proibido de me visitar.
Nada de ficar vindo em sonhos
Sempre carinhoso e risonho.
E nada de acordar meu amor,
Que apodreceu e virou dor.
Já me acostumei com você assim
E essa vontade há de ter fim.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Deixa comigo.

Se eu pudesse, arrancava à força esse vazio que você tem aí e colocaria-o junto ao meu. Assim, te livraria dessa prisão interna, da falsa paz e felicidade que você depende, e ainda arranjaria uma companhia, um flerte que fosse para o meu vazio, que anda meio amargo e se sentindo muito sozinho.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sensualidade poética.

Posso fazer um pedido?
Sejam poéticos, sutis e saibam seduzir.
Não quero o corpo mais sarado ou o músculo mais tonificado.
Quero o bom humor, o gesto, a piada feita no momento preciso,
A graça, o charme e a sutileza de saber me confundir.
Cansei de tudo que vem em série, quero a nuances do inusitado.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Auto-preservação.

Seu vazio me esvaziou.
Não quero mais engolir esse pouco que restou.
Meu vazio continua igual,
Não tento mais preenche-lo com você, triste e banal.

sábado, 3 de julho de 2010

Menino verde.

Sua seiva tem sede de mim.

Sem fé nem santo.

Falta um pouco de Olívia nesse corpo alcoólico e sem auto-amor, ultimamente.
Cansei da desorganização, da falta de horário, de perder tudo, dos excessos, das muitas personalidades, das inconsequências, da falta de memória, da insatisfação crônica, dos amores não correspondidos e desse vazio constante que nada preenche.

Vou me reinventando pra sempre até (quem sabe um dia) me encontrar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Euforia.

Todo mundo ri comigo uma felicidade que tem a massa de biju, fina e que derrete na boca.
Eles não fazem nem idéia...