quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bem vinda, Rita!

Eu vinha numa velocidade absurda, atropelando fatos, emoções e sentimentos. Há duas décadas, tudo se tornando uma massa única e cinza embaixo dos meus pés inquietos. Vinha correndo, fugindo de tudo aquilo que ora eu queria que me alcançasse, ora que sumisse do meu entorno. Daí do zero um muro surgiu na minha frente. O choque foi inevitável e eu entrei num coma profundo. Depois saí. Tudo isso em um dia, em uma hora. O choque ocorreu no momento exato em que descobri que a parte nociva da minha intensidade é um mero distúrbio químico, ou seja, um detalhe que pode ser ajustado pra não fazer parte de mim. Bem, no final das contas arrumei uma companheira, a Rita. Ao que tudo indica, seremos grandes amigas e confidentes. Ainda fico meio sem jeito de contar isso às pessoas, porque tenho a impressão de que a Rita fará muito mais por mim do que eu por ela. Enfim, estou otimista e esperançosa, porque eu hoje já não sou a mesma de ontem. Ainda bem...